quinta-feira, 14 de junho de 2012

De mim


Eu sou uma filha única de um Pai e de uma Mãe maravilhosos, que pelo caminho do meu crescimento cometeram erros atrozes na minha construção emocional. Tudo isto à parte não deixam de ser maravilhosos.
Sou mais frágil e insegura do que a maioria das pessoas pensa e/ou acredita. Uso o sarcasmo e a frieza como o maior disfarce para a minha timidez.
Gosto de estar sozinha e de pensar nas coisas que se passam à minha volta (penso de mais na maioria das vezes).
Sou uma exagerada e dramática, com a perfeita noção disso, sabendo que quando é preciso arregaçar as mangas e por as coisas em prática faço-o e deixo-me automaticamente de dramatismos e exageros.
Sou analítica. Não vejo a vida da forma cor-de-rosa que via há quatro anos atrás. Sei precisar a data em que tal aconteceu. Sou aquela pessoa a que algumas pessoas recorrem quando precisam de um conselho cru e analítico das coisas, tenho o hábito de dizer as coisas como acho que são e não andar com rodeios.
Sei que não sei tudo, que não consigo chegar a tudo, auxiliar tudo e todos, mas demorei a aprender e bati fundo à conta de não saber.
Demorei muito tempo, talvez demasiado, a dar valor a mim mesma, e para tal precisei de dois anos e meio de análise dura em que me desconstruí e voltei a construir. Chorei mais nesse tempo do que na minha vida toda. Foi duro, custou, apeteceu-me mandar tudo às urtigas, mas valeu imenso a pena.
Fumo, bebo e saio à noite, provavelmente mais do que devia, mas sei parar e sei concentrar-me quando preciso. 
Gosto dos meus amigos e por eles (não todos) vou ao fim do mundo. Alguns destes meus amigos são irmãos, aqueles que não tive de sangue.
Sou tudo isto e muito mais. 

2 comentários:

Pam disse...

E o conta é sabermos, sempre, sermos nós nas mais variadas situações!

Pequeniña disse...

Também gosto de estar sozinha e pensar em tudo o que me rodeia.