quarta-feira, 20 de março de 2013

Um dia...

Um dia eu gostava de me poder sentar com alguns dos nossos políticos. Não para os atacar fisicamente, não, isso não teria o menor interesse para mim.
Gostava de me sentar com eles para lhes fazer meia dúzia de perguntas. E iria ouvir as respostas com toda a atenção.
Não sei exactamente que perguntas lhes faria, mas uma eu sei. Adorava perguntar-lhes "todas as mentiras, esquemas, promessas e despromessas dão-vos um gozo fenomenal, não dão?". Mais que adorar fazer a pergunta ia adorar ainda mais ouvir a resposta.
A meu ver só pessoas sem qualquer tipo de valor moral é que tomam as decisões que tomam, dizem o que dizem, e fazem o que fazem. Esperem... Ou isso, ou são doentes mentais.

terça-feira, 19 de março de 2013

Hoje queria dizer-te "Feliz dia do Pai". Abraçar-me a ti e dar-te um beijo.
Era só isso. Coisa simples.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Alguém, por favor.

Como é que é possível que estas pessoas continuem a estar no Governo? Como?! Alguém me explica como se eu fosse muito burra.
Genuinamente não compreendo. Tudo o que prevêem sai ao lado. O défice não pára de aumentar, bem como a dívida pública. Isto para não falar do desemprego.
É exasperante ver o autismo propositado com que estas pessoas nos (des)governam. É desesperante ver o gozo espelhado com que falam ao País. É alarmante a atitude passiva do nosso Presidente da República.
Quando é que esta merda vai parar? 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Eu gosto tanto disto




Proibissem a saudade de cantar,
Havia de ser bonito…
Entre os versos da canção mais popular,
Ai, é o dito por não dito.

E as guitarras, sob a escuta na batuta de outras modas,
Escondem no trinar das cordas o pesar.
E o poeta vigiado, forçado ao assobio,
Carpe as mágoas do destino sem mostrar.

E ao calor de uma fogueira, um amigo
Com a voz mais aquecida lá entoa:
Que a saudade mais que um crime é um castigo,
E prisão por prisão, temos Lisboa.

Na-rei-ah
Na-rei.ah
Na-rei-ah
Na-reii-ah

Proibissem a saudade, era cantar
Havia de ser bonito…
Entre os versos da canção mais popular
Ai, é o dito por não dito.

E as guitarras, sob a escuta na batuta de outras modas,
Escondem no trinar das cordas o pesar.
E o poeta vigiado, forçado ao assobio,
Carpe as mágoas do destino sem mostrar.

E ao calor de uma fogueira, um amigo
Com a voz mais aquecida lá entoa
Que a saudade mais que um crime é um castigo
E prisão por prisão, temos Lisboa.

Na-rei-ah
Na-rei.ah
Na-rei-ah
Na-reii-ah

Na-rei-ah
Na-rei.ah
Na-rei-ah
Na-reii-ah

Em vias de extinção

Ultimamente só oiço falar de coisas em vias de extinção. E sim falo de coisas, artes, ofícios, e não de animais (desses, infelizmente, sempre ouvi falar da sua quase extinção).
Há cada vez mais artes e ofícios em vias de extinção. Profissões que levam anos a "domar", que conservam as tradições. Que nos aproximam do terra.
Há cada vez mais extinção do comércio tradicional. Sim aquele onde vamos, e a Dona Fátima sabe o que queremos. Onde o Sr. Jaime, do talho nos conhece, não porque somos importantes, mas porque nos viu a crescer. Esse comércio de proximidade que é tão bom!
Há cada vez menos interesse em fazer as compras neste comércio e cada vez mais interesse em fazer compras nas grandes superfícies dominadas por grandes marcas. Sim, é verdade que na Natureza prevalece a Lei do mais forte. Mas se bem me lembro o ser humano é perito em desafiar as Leis da Natureza. Se bem me recordo, no séc. XVII uma pessoa de 50 anos era um ancião. Hoje em dia uma pessoa de 50 anos é uma pessoa como eu, perfeitamente capaz. E porquê? Porque teimámos em desafiar as Leis da Natureza. Apostámos na investigação médica, que nos proporcionou uma melhor vida. Apostámos em construções que nos dão conforto e nos protegem. 
Então porque não contrariamos as Leis da Natureza económica? Porque teimamos em ir a grandes superfícies? Porque não vamos à mercearia da Dona Laidinha, ao café da Dona Fátima, ao talho do Sr. Jaime?

terça-feira, 12 de março de 2013

Aos que de novo por aqui passam*

Quando comecei a escrever neste blog ainda estava na faculdade. Era dirigente associativa, contactava com estudantes e mais ou menos dificuldades todos os dias. Achava que sabia o que se estava a passar com o País. Mas mesmo assim, achava que as coisas não estavam assim tão mal, como tal escrevia sobre o meu dia a dia despreocupado.
Entretanto o percurso académico terminou, e como tal iniciou-se um novo processo na minha vida. A procura de trabalho. A procura pela independência por um futuro.
De início, tinha garra, energia, coragem. Mandei CV's, esperei e desesperei por respostas. Uma ou duas vieram. Nada na minha área. Nada mesmo!
O tempo começou a passar, e eu a desesperar. 2013 começou, e eu ainda sem trabalho.
Pensei que fosse um mal de ser o início de Janeiro. Mas não era e continua sem ser.
Um dia, depois de muito matutar, depois de muita ansiedade, resolvi vomitar toda a porcaria que ia cá dentro. Falei da minha revolta, falei da minha ansiedade, da minha solidão, da sensação de inutilidade e dos meus medos em relação ao futuro, ou à falta dele.
Quem me ouviu, a minha Mumy, disse-me "porque não ocupas esse tempo livre a lutar por algo melhor?", assim o fiz. Soube-me bem! Soube-me mesmo bem! Senti-me útil, senti-me viva!
Por isso mesmo, mudei um bocadinho o rumo do blog. Continuo a falar das minhas coisas, mas já não são as mesmas coisas. 
As saídas à noite, são raras e feitas em noite de festa rija. Os dias doidos de faculdade foram substituídos por dias iguais a si mesmos em frente ao pc ou da tv (ou dos dois ao mesmo tempo). As preocupações (que agora, vistas com distância) alteraram-se, assim como as prioridades.
Não deixei de ser eu, apenas é mais uma faceta minha.

*e a todos aqueles que já cá vinham

segunda-feira, 11 de março de 2013

Recuso-me!

Recuso-me a pedir facturas com o meu NIF. Recuso-me. Sinto que este regime fiscal não é nada mais nada menos que uma forma (des)mascarada de controlo.
Já quando foi a história do Cartão do Cidadão (CC) achei que a centralização dos dados poderia vir a ser perigosa, mas aí, não tive alternativa senão fazer o raio do cartão. Em relação às facturas... Recuso-me a aderir a esta palhaçada que mais se parece com uma polícia fiscal.

Rebanhar ou não rebanhar, eis a questão?

Não sou muito dada a andar em rebanho. Não sou. Sempre fui um bocado diferente da maioria dos meus amigos. As massas de gente assustam-me (para mim uma manif ou um concerto assustam-me), daí a minha aversão a rebanhos.
A minha diferença, durante muito tempo, foi um ponto fraco na minha existência. Hoje em dia considero-a como uma mais-valia.
Apaixono-me por causas, que aparentemente aos meus amigos são indiferentes. A maioria das coisas que eles defendem (não encontro uma melhor palavra), para mim tornam-se aborrecidas. 
A ideia, de que um grupo se une em torno de ideias semelhantes, sempre me fez confusão. Já me apelidaram de "revolucionária" (sinceramente amei), simplesmente porque via as coisas de uma forma um pouco diferente.
A minha diferença, é genuína. A minha diferença, é só minha. A minha diferença, torna-me naquilo que eu sou.

Só para desejar uma boa semana a todos!

Sei que ainda é segunda, mas....





Assim em jeito de rescaldo

Já tinha saudades de escrever rescaldos de fins de semana. Mas desenganem-se, este não foi louco e extravasado como os outros foram (já referi anteriormente, por aqui impõe-se austeridade - o Gaspar ia gostar de ler isto).
Pois bem, este fim de semana não foi fácil. Mas podia ter sido pior (a permanente presença desta frase na minha vida começa a irritar-me solenemente, mais logo escrevo sobre isto).
Pois bem, tenho cá para comigo que este não era um post que estivessem à espera. Nem eu esperava que isto me saísse assim, mas já está e a esta hora (o relógio do pc marca 03:29 neste momento) não há grande volta a dar...
Bem tudo isto para dizer que o meu fim de semana foi uma bela porcaria e que cheguei à conclusão que tenho é que sair mais de casa e conhecer gente!

domingo, 10 de março de 2013

Eu vou para a rua

Fui ensinada desde pequena que devemos lutar por aquilo em acreditamos.
Eu acredito numa sociedade justa, equalitária e fraterna. Uma sociedade onde o vizinho do lado é mais do que um estranho que mora do outro lado da porta. Uma sociedade em que a vizinha que tem a mesma idade que eu não é uma ameaça, simplesmente porque também está desempregada.
No meio disto tudo, fui também ensinada que o protesto é uma forma de luta por aquilo em que acreditamos. Por isso mesmo, sempre que há uma manifestação, cujos os motivos eu acredito, friso EU acredito, lá saio eu para a rua.
Nesses momentos sinto-me menos sozinha. Sinto-me acompanhada por uma massa de gente, sem cara, sem cor, sem orientação sexual, sem nada. Porque juntos somos só um, e este um é forte!


sábado, 9 de março de 2013

A ele adiámos-lhe a boda, a mim adiaram-me a vida

Não deixo de achar ridículo esta notícia: 

Miguel Relvas adia boda

Contudo, e provavelmente de uma forma não pensada, mas sem sombra de dúvida mesquinha, a minha vida e a de tantos outros foi adiada.
Não foi apenas um momento "especial" que foi adiado. Foi toda uma vida!

Portanto, estou-me bem a borrifar (para não utilizar do vernáculo) que a boda o Relvas (recuso-me a chamar-lhes outras coisas que não os nomes ou ofensas) tenha sido adiada.
Quando carregaram no Pause da vida dos outros não quiseram saber, por isso eu também não!

Não foi para isto que estudei

Não, não sou snobe. Não acho que seja ser snobe querer ter um trabalho na área em que me formei. 
Não acho que seja snobe, não gostar/não querer trabalhar no call centerJá experimentei, não gosto, não tenho perfil. Não queimei neurónios, dias, tardes e noites fechada num cubículo a estudar para no fim ir trabalhar para um call center. Não que ache que seja um trabalho menor, não acho. Muito menos me acho superior para trabalhar lá. Apenas não quero.
Não me venham com histórias, de que temos que começar na base para chegar ao topo. Que sem trabalho, esforço e dedicação não vou a lado nenhum. Eu sei disso tudo. E eu quero começar por baixo, nem que isso signifique trabalhar na linha de produção de uma fábrica. Desde que isso me aproximasse do trabalho para o qual estudei. E não me venham com histórias, não é por estar a trabalhar num call center a vender seja lá o que for que vou ganhar experiência na minha área. Não vou!
Eu até poderia considerar uma carreira num call center, almejando ser chefe de equipa. Mas eu não estudei para isso. Eu estudei para gerir outro tipo de equipas com outro tipo de barulho. Equipas de trabalhadores fabris com a maravilhosa banda sonora de equipamento fabril. Para isto sim eu estudei, eu sonhei eu queimei neurónios, manhãs, tardes e noites.
Por isso mesmo, não quero trabalhar num call center!

sexta-feira, 8 de março de 2013

É sempre a mesma coisa.

O LED do telemóvel está a piscar vermelho, dando-me sinal que acabou de entrar uma SMS ou e'mail de um qualquer contacto que não aqueles com quem mais comunico.
Nesse preciso momento, começa todo um processo mental, em que crio a leve esperança que possa ser um e'mail. Neste caso era.
Felicidade! (momentânea e pequenina, já não há espaço para grandes alegrias no departamento de procura de trabalho)
A primeira coisa que teimo em verificar é em que caixa de entrada está. Secretamente, espero que esteja na caixa de entrada do e'mail associado à pesquisa de trabalho (sim por aqui faz-se e'mails diferentes, quanto mais não seja porque não há grande coisa para fazer). Mais uma vez, neste caso, o e'mail tinha mesmo caído na caixa de entrada da pesquisa de trabalho.
Rejubilo! (mais uma vez, de forma contida, quase como que em duodécimos, as desilusões fazem parte do dia a dia deste departamento)
Abro o e'mail, sempre na esperança de ser uma resposta a um dos muitos e'mails que envio à procura do tal trabalho. Caixa de entrada aberta e deparo-me mais uma vez, com um dos muitos e'mails de publicidade/ofertas/rés-vés-spam.
Mais uma vez, todo as esperanças (ínfimas, sim, mais uma vez este departamento não se dá a esses luxos, há que impor austeridade) que por fracções de segundo foram criadas, caem por água abaixo. Mais uma vez, deparo-me com a minha situação. Desempregada.
Não sei se ainda tenho espaço para esperanças.